quinta-feira, novembro 17, 2005

Poema sob Face Encharcada

Pouco a pouco vou percebendo
E a agonia vai crescendo.
Saber, o que todos sabem.
Crer no que todos creem.

Pouco a pouco vou perdendo o ânimo.
Pouco a pouco percebo meu inimigo
O inimigo de todos, na verdade.
E a vida vai perdendo a simplicidade.

Pouco a pouco noto que tudo é água.
Tudo flui. Tudo passa. Tudo é água.
Cada segundo que é já foi.
Nada volta ao belo que um dia já foi.

Toda rosa murcha. Todo dia acaba.
Toda estrela morre. Toda existência cessa.
Os versos acabam com um Enfim
Todo carnaval tem seu fim.

Toda a vida sendo extraída,
como um minério em sua jazída.
O Ser é. O Não-ser, não é.
Tudo é, mas o nada não é.

E o nada é o futuro, é o presente,
é pretérito. Parfait ou não.
O nada é a existência de um ego.
O nada é o não-ser de um ego.

O nada e o tudo se confundem.
Assim como as palavras.
Assim como os versos.
Assim como o poeta.

E assim, despercebidamente,
Vejo tudo se acabar.
Vejo cada segundo passar.
Vejo a rima dormir profundamente.

Vejo tudo se extinguir.
Vejo o pranto se erguer
Sobre nossos ombros.
Vejo tudo.

Metamorfose.
Ciclo.
Transformação.
Continuidade.

Quando a vida parece ser a mais bela valsa,
Uma corda se parte e interrompe a partitura.
A vida é uma partitura, cheia de fusas e semi-fusas.
Mas também, é uma partitura sem rittonerllos.


*Perdoem-me a confusão do poema... mas é assim que estou.

Felicidade a todos. E obrigado por lerem.

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

"...todo carnaval tem seu fim"

hahahá.
Los Hermanos, hãn?!

beijo garotênho. ;*

2:34 PM  
Anonymous Anônimo said...

oooi meu amor.. robs ta certo
conte comigo.. e parabens por fazer disso uma poesia .. por mais confusa que esteja..

=**************

9:47 PM  

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